O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que será instaurado um Batalhão Escolar nos próximos dias para monitorar os casos de violência dentro das escolas em Mato Grosso. De acordo com Mauro, a medida já estava sendo projetada antes do aumento de situações de ameaças e ataques contra as unidades escolares nas últimas semanas.
Conforme o governador, já serão enviadas às escolas câmeras de monitoramento e instalação de botões de pânico. A expectativa é de que a medida seja realizada como foi o Batalhão Rural, com disponibilização de estratégias de força de segurança voltadas somente para o setor.
"Nós estamos criando um grande programa, com câmeras de vigilância, câmaras ligadas à secretaria botão do pânico, para dar pronta resposta. E será criado um Batalhão Escolar, que já vai entrar em operação não só por conta disso. Já estávamos planejando isso desde o ano passado, ao exemplo do que fizemos com o Batalhão Rural, nós vamos fazer também o Batalhão Escolar”, afirmou à imprensa na última segunda (24).
Reunião em Brasília No dia 18 de abril, Mauro participou de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir políticas públicas de segurança nas escolas, após os ataques recentes que causaram mortes em creches e escolas.
Na ocasião, ele ressaltou que é preciso "agir no DNA da violência" para resolver os problemas de ataques nas escolas e que "não adianta fazer uma corrida para comprar detector de metais e transformar o detector no novo aparelho respirador da pandemia", ponto defendido novamente nesta semana.
“Uma série de medidas estão sendo articuladas em conjunto e individualmente por prefeitos e governadores, nessa corrida para prover um pouco mais de segurança nas escolas. Medidas espetaculosas não vão resolver o problema a médio ou longo prazo, nem se sustentar", disse.
Ameaças em MT Somente na primeira quinzena de abril, a Polícia Civil de Mato Grosso registrou 400 denúncias de mensagens falsas relacionadas a massacres ou presença de armas em escolas no estado. Foram identificadas autorias de mensagens em 20 cidades de Mato Grosso.
As investigações resultaram em 44 pessoas identificadas e conduzidas para delegacias. Entre os conduzidos estão dois adultos e adolescentes na faixa de 12 a 17 anos, além de duas crianças que foram identificadas com armas, duas delas de airsoft que teriam recebido de presente do pai.
Todos foram encaminhados às delegacias da Polícia Civil e respondem pelo crime previsto no Artigo 41, de provocar alarme, anunciando perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
