05/05/2023 às 17h02min - Atualizada em 05/05/2023 às 18h05min
Governo confirma participação de Lula em cúpula do G7 no Japão no fim do mês
O evento será na cidade de Hiroshima, no Japão, nos dias 20 e 21 de maio. Será a sétima participação de Lula na reunião do grupo composto pelos países mais industrializados do mundo.
O evento será na cidade de Hiroshima, no Japão, nos dias 20 e 21 de maio. Será a sétima participação de Lula na reunião do grupo composto pelos países mais industrializados do mundo. O governo federal confirmou nesta sexta-feira (5) a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do G7, grupo dos países mais ricos do mundo. Lula vai participar como convidado -- o convite foi feito ainda em abril pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. O encontro acontecerá na cidade japonesa de Hiroshima nos dias 20 e 21 de maio. O grupo é composto pelos países mais industrializados do mundo e se reúne anualmente. A primeira cúpula aconteceu em 1975, no Castelo de Rambouillet (França), e contou com a participação do governo da própria França, além de representantes de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão e Itália. "O Brasil compartilha valores que congregam os países do G7 – como o fortalecimento da democracia, a modernização econômica e a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos – e mantém com seus membros permanente coordenação sobre temas da agenda internacional, seja de forma bilateral, seja no âmbito do G20 e de organismos internacionais nos quais o Brasil e os membros do G7 interagem", afirmou o ministério. Atualmente, integram o G7: França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália, e Canadá. Outros convidados De acordo com o governo japonês, além dos demais países do G7 e do Brasil, foram convidados para a reunião Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã, além de representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, da Agência Internacional de Energia, da Organização Mundial de Saúde, da Organização Mundial do Comércio e da União Europeia. O Brasil foi convidado a participar de Cúpulas do G7 em diversas ocasiões no período entre 2003 e 2009. Esta será a sétima participação do presidente Lula em cúpulas do grupo Participações do Brasil em Cúpulas do G7: 2003: Cúpula de Évian-les-Bains, a convite da França; 2005: Cúpula de Gleneagles, a convite do Reino Unido; 2006: Cúpula de São Peterburgo, a convite da Rússia (então membro do G8); 2007: Cúpula de Heiligendamm, a convite da Alemanha; 2008: Cúpula de Hokkaido, a convite do Japão; 2009: Cúpula de L’Aquila, a convite da Itália. Por que Lula foi chamado? De acordo com a Embaixada do Japão no Brasil, ao fazer o convite, Kishida disse estar "ansioso" para discutir com Lula diversos assuntos da comunidade internacional. O primeiro-ministro japonês avalia que Lula pode ter "papel ativo" na reunião do G7 por ter "muita experiência". Durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), o Brasil não foi convidado a participar da cúpula do G7. Quais temas devem ser discutidos na cúpula? Em uma mensagem pública, divulgada na página oficial do G7, Fumio Kishida afirma que a cúpula deve discutir temas como guerra na Ucrânia, segurança alimentar, a não proliferação de armas nucleares; economia global, mudanças climáticas e desenvolvimento global. "O ano da presidência do G7 também servirá como uma oportunidade valiosa para a próxima geração e além, jovens e crianças, para voltar sua atenção para questões globais e agir. Ofereceremos várias oportunidades para aprofundar os intercâmbios, aprender juntos e vivenciar a cúpula para aqueles que estarão à frente do Japão e do mundo de amanhã", afirmou Kishida em sua mensagem. Reunião no Japão de ministros do Meio Ambiente de países do G7 AFP PHOTO/JAPANESE GOVERNMENT Como é a política externa de Lula? Na gestão Lula, o governo brasileiro tem buscado adotar uma política externa diferente da praticada no período em que Jair Bolsonaro esteve no poder. Desde que tomou posse, Lula, por exemplo: foi a Washington (EUA) e se reuniu com o presidente americano, Joe Biden; Bolsonaro apoiou a reeleição de Donald Trump, derrotado por Biden; reuniu-se com o presidente chinês, Xi Jinping, em uma visita de Estado à China, maior parceiro comercial do Brasil, para tratar de geopolítica e negócios; recebeu o chanceler alemão, Olaf Scholz, que anunciou a retomada do Fundo Amazônia, instrumento utilizado para financiar projetos de preservação do bioma brasileiro; esteve em Buenos Aires para se reunir com o presidente argentino, Alberto Fernández; Bolsonaro apoiava a reeleição de Mauricio Macri e também recebeu Fernández em Brasília; determinou a volta do Brasil à União das Nações Sul-Americanas (Unasul); Bolsonaro havia retirado o país do organismo multilateral, e participou da cúpula da Celac. foi convidado para a coroação do rei Charles III do Reino Unido; se encontro com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak;