A possibilidade de ampliação no número de vereadores na Câmara de Cuiabá, passando de 25 para 27 cadeiras, tem ganhado adesão dos parlamentares após divulgação do último Censo do IBGE, que demonstrou um aumento da população na Capital, hoje com 650.912 habitantes, o que legitima a decisão. Apesar de já ter demonstrado resistência à discussão, o presidente do Parlamento cuiabano, Chico 2000 (PL), avaliou que se for da vontade da maioria dos colegas, não irá se opor à discussão ainda durante a sua legislatura.
"Para ser aprovada [a ampliação], precisa da maioria absoluta, é necessário ouvir [os colegas]. Tenho observado que tem uma adesão bastante positiva dos vereadores, no sentido de se aumentar o número de parlamentares", afirmou, nesta quinta-feira (06).
A Constituição Federal estabelece que, quando o número de habitantes for acima de 600 mil, a quantidade de vereadores pode chegar a 27, o que seria o caso da Capital mato-grossense. Chico frisou que é necessário realizar análises sobre a possibilidade de acomodar mais dois gabinetes e dois vereadores, além das possíveis despesas orçamentárias. Mas assegurou que não fará objeções, caso seja o desejo da maioria, já que pretende disputar as eleições para prefeito no próximo ano.
"Eu não estarei mais candidato a vereador, então fico à vontade para tomar essa decisão. Mas não vou agir assim. Vou conversar com todos os vereadores. Se essa for a vontade da maioria e, após um estudo em razão da criação de gabinetes, mais dois vereadores e toda essa estrutura que será ampliada, e havendo possibilidade, da minha parte não terá nenhuma objeção", disse.
A proposta de ampliação precisa ser levada ao Plenário e aprovada por maioria absoluta, ou seja, por no mínimo 13 vereadores. Em caso de aprovação, entraria em vigor a partir das eleições do ano que vem.
Demilson favorável O vereador Demilson Nogueira (PP) pontuou, também nesta quinta, que não vê problemas na ampliação de cadeiras e que a possibilidade aumentaria o debate na Casa. Frisou, ainda, que o ato não geraria "custos adicionais" aos contribuintes.
"Você aumenta a discussão com mais parlamentares. Para a população não custará nada mais, até porque está dentro [do orçamento]. A Câmara é gerida por um duodécimo, então não vai aumentar os gastos da Casa, vai continuar a mesma coisa. Não vejo problema nenhum", avaliou.
