O juiz Agamenon Alcântara Moreno Júnior, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, deve se manifestar até quarta (13) sobre o pedido de reconsideração feito pela Procuradoria-Geral do Legislativo para destravar o processo administrativo disciplinar da Comissão de Ética contra a vereadora Edna Sampaio (PT), que embolsou ilegalmente ao menos quatro meses de repasses de VI depositadas na conta da ex-chefe de Gabinete.
O magistrado solicitou uma série de documentos, inclusive cópia completa do processo.
A Procuradoria, que sustenta que o juiz foi induzido a erro e contesta ponto-a-ponto as tais irregularidades apontadas por Edna, pleiteia que, em caso de decisão pela retomada da investigação, que o prazo restante de sete dias úteis para se concluir os trabalhos seja contados a partir do primeiro dia de reunião da Comissão de Ética e que a petista apresente de fato as testemunhas.
Acontece que, numa investida protelatória, de modo a dificultar cumprimento do prazo de 90 dias, a defesa da vereadora investigada pediu para ouvir novas testemunhas, mas, sequer, forneceu endereço e telefone dessas pessoas, tudo para impossibilitar a intimação.
Caso o magistrado reforme a decisão, a Comissão de Ética terá uma semana para ouvir testemunhas da petista e ajustar o relatório para ser votado em plenário. Dos 25 vereadores, pelo menos 21 votariam hoje pela cassação do mandato.