11/09/2023 às 15h43min - Atualizada em 11/09/2023 às 15h43min

Atual gestão do CRO-MT tenta fazer eleição de chapa única

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Manobras políticas são conhecidas por todos e muito usadas para conquistar o eleitorado e derrubar a concorrência no cenário político de qualquer estado brasileiro. Mas, ao que tudo indica, o jogo de manobras políticas chegou (com tudo) nas eleições para o Conselho Regional de Odontologia em Mato Grosso.

As eleições para a escolha dos novos membros que estarão à frente da gestão do Conselho para o próximo biênio será em menos de um mês e, por lá, a pré-campanha tem sido digna de uma corrida para o chefe do executivo.

Nos grupos de whatsapp dos dentistas não se fala em outra coisa. Já teve nota de repúdio contestada em juízo, eleição de Delegado Eleitor com suspeita de fraude e sem apresentação de auditoria, live recheada de denúncias e por aí vai…

A novidade mais quente é a inelegibilidade de Walter Betoni. Cirurgião dentista, empresário e professor reconhecido no estado, Betoni apoia o grupo que fará oposição na eleição que se avizinha, intitulado “O CRO QUE QUEREMOS”.

Um jornal local divulgou matéria em que acusa o cirurgião dentista de ter usado “manobra jurídica” para disputar a eleição no dia 06 de outubro. Procurado pela redação, Betoni explicou que, realmente, pretendia concorrer e, por isso, buscou respaldo na justiça. Ele está inelegível devido aos processos éticos que responde junto ao Conselho. “Não se trata de manobra, mas de um remédio jurídico, justamente para fazer tudo dentro da lei. Onde está o erro? A falta de transparência ou de ética?” apontou ele.

Betoni explicou, ainda, que faz parte de um grupo que busca a mudança necessária para a odontologia no estado. Segundo ele, a maioria dos profissionais está desmotivada por não se sentir amparada pelo Conselho. Walter afirma que uma das maiores reclamações da classe é ter que pagar para ser apenas fiscalizado e multado. “O Conselho deve fiscalizar, sim, mas ele também pode e deve amparar, informar, capacitar e valorizar os dentistas.”

Surpreso com a matéria que o acusava de ter feito “manobra jurídica”, Betoni explicou que antevendo o desfecho, solicitou ao CRO a substituição de seu nome na chapa no dia 05 de setembro. Com comprovantes e prints de emails trocados com o Conselho, ele explicou que “manobra” mesmo, quem fez foi o CRO. “Eu solicitei a substituição de meu nome na chapa e o CRO indeferiu não só a chapa que estava ok e que não tinha meu nome, mas também uma “terceira chapa” que eles criaram do nada. Não sei de onde tiraram isso. Não há dificuldade e nem irregularidade alguma em fazer uma substituição. Mas eles inventaram uma terceira chapa, indeferiram as duas e fizeram um rolo só. Trata-se de uma manobra para sair como chapa única? Eu, sinceramente, não sei nem definir o que é.”

No perfil oficial do instagram, o grupo “O CRO QUE QUEREMOS” tem uma série de conteúdos onde cobra transparência do CRO. Em um desses vídeos, Betoni, que continua como apoiador, explica que em 27 anos de odontologia nunca havia sofrido um processo ético. Mas em 2020, quando resolveu se candidatar pela primeira vez, começou a sofrer processos. Coincidência ou manobra?

A verdade é que, se os dentistas de Mato Grosso não abrirem os olhos, vão acabar saindo do mocho e tendo que voltar à faculdade. Talvez seja uma alternativa para encontrar não só a valorização que tanto buscam mas, também, um mercado melhor e um conselho mais aberto às mudanças que anseiam.
Segue o jogo.

CRO COLECIONA CASOS NA JUSTIÇA

Em Julho a disputa no CRO foi parar nos tribunais, depois que a atual gestão, em nota assinada pela presidente Dra. Wânia Dantas, disse que o pré-candidato da oposição Dr. Walter Betoni faltava com a verdade e praticava “apologia à desarmonia da classe”, essa nota chegou a ser publicada no site oficial da entidade.

A justiça federal entendeu que a nota de Wânia era “uma clara e indevida tentativa de interferência do representante do Conselho no processo eleitoral que se avizinha” e decidiu que o CRO deveria realizar uma retratação ao Dr. Walter Betoni.

Já em agosto, o advogado do grupo, Dr. José Alexandre de Souza, entrou na justiça para tentar anular a eleição para Delegado Eleitor ocorrida no dia 14 daquele mês. Segundo ele, o pleito apresentou diversos vícios, entre eles a ausência da troca das senhas provisórias por definitivas, conforme anunciado pelos canais oficiais do CRO. Troca que garantiria a segurança do voto, mas que não foi exigida durante a assembleia. O grupo tem solicitado apresentação da auditoria independente do processo que deveria ter sido publicada pela autarquia há tempos.


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