08/11/2023 às 12h52min - Atualizada em 08/11/2023 às 12h52min

Faissal apresenta moção de repúdio ao Governo Federal por ataque ao agro no Enem

Da Redação

Faissal apresenta moção de repúdio ao Governo Federal por ataque ao agro no Enem

O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) apresentou, na sessão da manhã desta quarta-feira (8), uma moção de repúdio ao Governo Federal pela utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para atacar o agronegócio. De acordo com o parlamentar, é inadmissível que pessoas se utilizem de órgãos públicos para difundir posicionamentos ideológicos e denegrir um dos setores que mais produz e gera prosperidade para a nação.


O Enem aplicado no último domingo atacou o agronegócio e teceu críticas ao capitalismo, em evidente desconhecimento técnico e despreparo dos entes envolvidos na elaboração da prova. Uma das questões alerta para o “avanço da soja” na Amazônia, que seria responsável pelo desmatamento do bioma, e responsabiliza “grileiros, madeireiros e pecuaristas”. Conforme o gabarito extraoficial divulgado pelo MEC, a resposta que melhor explica o problema é a apropriação de terras devolutas, por esses agentes”.

Outra questão chega ferir a Constituição Federal quando fala sobre a propriedade como um bem comum, o que vai contra o inciso XXII do Art. 5º da Constituição Federal. Ainda nesse artigo é discorrido sobre a função social da propriedade (inciso XXIII) e a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; com a devida indenização quando isso ocorrer.

Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), somente em Mato Grosso, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os produtores são responsáveis por preservar 43,6% do estado, que ainda detém 15,4% de seu território composto por terras indígenas e 5,5% por unidades de conservação, o que totaliza 64,5% do solo estadual preservado. Apenas 32,7% do solo de Mato Grosso é destinado ao uso agropecuário, sendo 19,8% para pastagens e 12,9% para agricultura.

“A prova do Enem foi utilizada para atacar o agronegócio e é a comprovação de que existe doutrinação nas escolas. Não podemos admitir que pessoas utilizem de órgãos públicos para difundir posições ideológicas e atacar um dos setores que mais produz e gera prosperidade à nação. Se o Brasil hoje é uma superpotência na produção de alimentos, é graças a ciência e principalmente a pesquisa. Atitudes como essa não podem mais acontecer e não acrescentam em nada ao desenvolvimento do nosso país”, afirmou.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://matogrossoemfoco.com.br/.