23/12/2023 às 18h31min - Atualizada em 24/12/2023 às 00h01min
Executor vigiou advogado por 30 dias e mandante veio a Cuiabá, diz PJC - vídeos
Montagem: Beatriz PassosOs três suspeitos de envolvimento na execução do advogado Roberto Zampieri estavam em Cuiabá no dia do crime, 5 de dezembro, apesar de todos morarem em Minas Gerais. Segundo investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, a suposta mandante do crime e o homem apontado como intermediador chegaram na Capital no dia do homicídio; já o executor observou a...
Os três suspeitos de envolvimento na execução do advogado Roberto Zampieri estavam em Cuiabá no dia do crime, 5 de dezembro, apesar de todos morarem em Minas Gerais. Segundo investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, a suposta mandante do crime e o homem apontado como intermediador chegaram na Capital no dia do homicídio; já o executor observou a rotina da vítima durante 30 dias. Foram presos no estado mineiro a empresária e farmacêutica Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como mandante do crime, além de Antônio Gomes da Silva - que seria o executor - e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, suposto intermediador.
O trio foi transferido de Minas e chegou na Capital na tarde deste sábado (23), onde continuam em cárcere temporário. Os dois homens ficarão detidos na Penitenciária Central do Estado (PCE) e a mulher na Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May". Em coletiva de imprensa, os delegados Caio Albuquerque, responsável pela logística, e Edson Pick, que comanda a investigação, revelaram que foram apreendidos celulares, quatro armas de fogo, passaportes e munições com os investigados. Responsável pela prisão da suspeita Maria Angélica, o delegado Caio informou que ela foi detida ao lado do marido. Ambos tinham posse de arma e entregaram os objetos para a Polícia. Em depoimento, a suspeita negou envolvimento com o crime e a versão do marido atesta as informações apresentadas por ela. De acordo com o delegado Edson Pick, a falta de estratégia dos envolvidos facilitaram a rápida identificação dos suspeitos. "Dada a uma ação mal feita expôs a face deles, e com a face deles a gente conseguiu identificá-los. A gente chegou ao hotel onde eles ficaram hospedados e seguimos as câmeras de segurança. O Antonio fez a vigilância do Roberto Zampieri por 30 dias, o outro rapaz chegou no dia do homicídio e foi embora no outro dia", revelou o delegado.
"Os policiais já estavam em campana para a prisão. Ela estava, salvo engano, fazendo uso de um veículo Montana blindado, o mesmo veículo que temos através das câmeras de monitoramento das BRs, com o qual que chegou em Cuiabá no dia do crime", completou o delegado responsável pela logística. Ainda conforme o delegado Caio, a empresária explicou o motivo pelo qual estaria na cidade, mas a informação sobre a razão da passagem pela Capital apresentada por ela não foi divulgada. Outro fator que será aprofundado na investigação é a relação entre o advogado e a suposta mandante. "A relação deles é complicada, muito complexa. A gente ainda não teve tempo hábil para conseguir ver de forma mais clara", afirmou o delegado. Prisões A mulher apontada nas investigações da DHPP como a mandante do homicídio do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, foi presa na quarta-feira (20), na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da delegacia do município. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou que tivesse encomendado o assassinato do advogado. Já o executor do crime foi preso também na quarta-feira, na capital de Minas Gerais, com apoio do Departamento Estadual de Homicídios em Belo Horizonte. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, e encaminhado à capital, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá. Na sexta-feira (22), também com apoio do DHPP da Polícia Civil de Minas Gerais, foi cumprido o mandado de prisão contra o terceiro envolvido na morte do advogado, apontado como o provável intermediador do crime, responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor. As investigações da Delegacia de Homicídios de Cuiabá apontaram que, após contratar o executor pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime. O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense. Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. As prisões foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contaram com apoio fundamental da Polícia Civil de Minas Gerais. "AÇÃO MAL FEITA" Executor vigiou advogado por 30 dias e mandante veio a Cuiabá, diz PJC - vídeos Executor vigiou advogado por 30 dias e mandante veio a Cuiabá, diz PJC Delegado afirma que trio investigado não teve estratégia, o que facilitou na identificação de cada um deles
