06/06/2024 às 13h36min - Atualizada em 06/06/2024 às 13h36min

Vereadora Edna Sampaio do PT é cassada por 20 votos por esquema de rachadinha

Da redação
https://www.vozmt.com.br/politica/vereadora-edna-sampaio-e-cassada-por-20-votos/

A vereadora Edna Sampaio (PT) foi cassada nesta quinta-feira (6) em uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Cuiabá, com 20 votos a favor e apenas um contra, por apropriação indevida da Verba Indenizatória (VI) de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. Apenas o vereador Renivaldo Nascimento votou contra a cassação. Cinco vereadores, incluindo Edna Sampaio, estavam ausentes: Vovô Didimo, Marcream, Paulo Henrique e Mario Nadaf.

Edna Sampaio não compareceu à sessão, que classificou como “ilegal”, alegando ser vítima de uma “perseguição imoral”. Antes do início da votação, o presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL), concedeu um prazo de 15 minutos para a vereadora se apresentar, mas ela não compareceu.

A vereadora tentou por três vezes anular a Comissão Processante responsável pelo seu caso na Justiça, mas todos os recursos foram negados. Na defesa, realizada pelo advogado efetivo da Câmara, Pedro Henrique Nunes de Oliveira, foram apresentados argumentos para tentar barrar a cassação, mas sem sucesso.

Os vereadores que votaram pela cassação de Edna Sampaio foram: Adevair Cabral, Cezinha Nascimento, Chico 2000, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Dr. Luiz Fernando, Eduardo Magalhães, Fellipe Corrêa, Jeferson, Kassio Coelho, Lilo Pinheiro, Marcus Brito, Maysa Leão, Rodrigo Arruda, Varanda, Joelson, Sargento Vidal, e Kero Kero.

Essa é a segunda vez que a parlamentar enfrenta um processo de cassação por supostamente praticar o crime de peculato. Em outubro de 2023, Edna Sampaio foi cassada com 20 votos, mas a decisão foi revista semanas depois pela Justiça, que considerou não ter sido respeitado o prazo regimental de 90 dias para a conclusão dos trabalhos da comissão.

Relembre o caso

As acusações contra Edna Sampaio envolvem devoluções da verba indenizatória durante os quatro meses em que Laura Abreu ocupou o cargo de chefe de gabinete. Mensagens e áudios vazados à imprensa revelaram que até o marido de Edna, Willian Sampaio, pressionava Laura para que devolvesse o dinheiro, que era depositado na conta pessoal de Edna. Laura foi demitida enquanto estava grávida, resultando em uma indenização de R$ 70 mil paga pela Câmara Municipal.

A cassação de Edna Sampaio marca um episódio tumultuado na política de Cuiabá, com a vereadora enfrentando desafios judiciais e acusações graves de peculato, refletindo tensões internas e questões éticas dentro do Legislativo municipal.

 


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