Seis anos depois de ter sido surpreendido por uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal em sua residência, o conselheiro do TCE-MT Antonio Joaquim retornou à sede da superintendência da PF para pegar de volta todo o material recolhido naquele 14 de setembro de 2017.
Mesmo com a investigação arquivada pelo STJ sem haver, sequer, denúncia, e com o retorno à ativa ao cargo vitalício quase quatro anos depois, Joaquim se emocionou. E não poderia ser diferente, afinal, tanto ele quanto outros quatro conselheiros tiveram a reputação sequestrada pela delação sem provas do ex-governador Silval Barbosa, que os acusou de cobrança de propina para não destravar obras da Copa-2014,
Joaquim sentiu-se ferido de morte e impotente politicamente num momento em que se preparava para deixar o TCE e se candidatar a governador. Na última sexta, de cabeça erguida, peito aberto e consciência tranquila, o conselheiro produziu o último capítulo dessa história, quando foi à PF pegar os seus bens pessoais. Ele enfatiza que pode até não sentir ódio ou mágoa, mas, assim como sua família, jamais vai esquecer da injustiça que lhe cometeram.