Forte candidato à Prefeitura de Cuiabá nas eleições municipais do próximo ano, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), tem encontrado dificuldades para construir seu projeto dentro de sua atual sigla, rendendo-lhe uma enxurrada de convites para deixar partido.
Em tom descontraído, jornalistas apontaram a Botelho que, diante de todos os convites, apenas o União Brasil não quer tê-lo como candidato. De prontidão, o parlamentar respondeu que também não bem-vindo no Partido dos Trabalhadores e no Partido Liberal. As duas siglas já têm candidatos próprios colocados para a disputa.
"Não é só o União Brasil [que não me quer]. Tem que ser justo. Eu não fui convidado pelo PL e nem pelo PT, então não é só União", brincou ele, na tarde desta terça-feira (1).
Botelho briga internamente no União Brasil com o secretário-chefe da Casa Civil e deputado federal licenciado Fabio Garcia, que tem o apoio do governador Mauro Mendes, atual presidente da legenda no Estado.
O presidente da AL recebeu ao menos sete propostas, com a garantia de ser o cabeça de chapa. "Graças a Deus eu recebi vários convites, vários. Recebi do MDB, PSB, PSD, PDT, Solidariedade, Republicanos e PP. Graças a Deus, estou com portas abertas".
UB rachado Candidato do governador, Fabio não tem decolado nas pesquisas, enquanto Botelho aparece empatado na liderança com o federal Abílio Júnior (PL). Mauro não definiu quais serão os critérios para a escolha do representante do UB, e Fabio têm minimizado as amostras que colocam Botelho à sua frente.
Políticos temem que haja um projeto de imposição, o que racharia o União. Na legenda, Botelho tem o apoio de três deputados estaduais Sebastião Rezende, Júlio Campos e Dilmar Dal Bosco e do senador Jayme Campos, e caso seja escanteado por Mauro, pode arrastar nomes de peso para fora do partido.
PT e PL PT e PL vivem dilemas, assim como o de Botelho dentro do União. A sigla de esquerda está amarrada à Federação Brasil da Esperança, juntamente com PV e PCdoB, que não encontram consenso para a futura chapa. O PT defende os nomes do estadual Lúdio Cabral e da ex-federal Rosa Neide, e o PV, do atual vice-prefeito, José Stopa.
No PL, o embate fica por conta de Abílio e do presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000. Abílio tem apoio da Executiva Nacional e já fala como candidato, enquanto Chico frisa que não seguirá imposições e que o candidato só será escolhido nas convenções.