09/08/2023 às 21h25min - Atualizada em 10/08/2023 às 00h01min

Mauro mantém no cargo secretária indiciada: "Não vou sacrificar ninguém"

RDNews
https://www.rdnews.com.br/executivo/mauro-mantem-no-cargo-secretaria-indiciada-nao-vou-sacrificar-ninguem/179854

O governador Mauro Mendes (União Brasil) rebateu nesta quarta (09) as críticas por ter mantido no cargo a secretária-adjunta de Gestão Hospitalar da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Caroline Campos Dobes, mesmo após ela ser apontada como responsável por autorizar pagamentos a empresas envolvidas no cartel da Saúde, durante as investigações da Operação Espelho, da Polícia Civil. O inquérito resultou no indiciamento de 22 pessoas.

De acordo com Mauro, a decisão partiu em conjunto com a SES, por não haver elementos concretos para a "condenação" antecipada da gestora, que foi indiciada por peculato. Afirmou ainda que determinou à Procuradoria Geral do Estado para que analise o inquérito e sua materialidade.

"[A decisão de manter no cargo] veio da Secretaria e foi apoiada por mim, porque eu pedi primeiro para a PGE fazer uma análise do que está no processo, para ver se há pertinência de elementos para tormarmos uma decisão. Eu não vou [tomar decisão assim]", pontuou o governador.

Mauro argumentou que já foi vítima de injustiças e que, por isso, só tomará uma decisão a respeito da situação após parecer da PGE. Ele frisou ainda que atitudes tomadas por impulso podem trazer consequências difíceis de serem reparadas e alegou que não iria sacrificar um servidora antecipadamente.

"Eu já fui vítima de injustiça [...] só que a consequência foi grande. Eu preciso ter clareza e se nós tivermos clareza de que existe coisa errada, nós vamos tomar as providências internas dentro do Governo. Mas eu não vou sacrificar ninguém, quando até o presente momento, não tem nenhum elemento para achar que essas pessoas estavam fazendo coisa errada", justificou.

O chefe do Executivo assegurou que, se houver comprovação da participação de Caroline no esquema que fraudava licitações e beneficiava um grupo de empresários, não irá se abster de exonerá-la. "Se tiver, não tenho dúvida nenhuma, não tenho compromisso com o erro ou coisa errada. Nunca mandei ninguém fazer e nunca fiz", concluiu.

Cartel de empresas

Deflagrada em 2021, a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva (Hospital Metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel de empresas dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso. 


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