O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), destacou que o Legislativo estadual está empenhado em combater a violência contra a mulher e as práticas machistas que tem sido recorrentes.
Botelho citou os dois recentes casos que envolveram dois servidores da Casa e frisou que não há tolerância para este tipo de ato criminoso. Desta forma, em breve, será iniciado um curso preventivo destinado para todos servidores do Parlamento.
"Nós temos lutado para acabar de vez com essa violência doméstica, com esse machismo exarcebado, ignorante, de agressões às mulheres. A Assembleia teve dois casos. Do procurador, afastamos e abrimos um PAD, onde terá suas punições, podendo até perder as funções do cargo. Tivemos o caso do assessor da Presidência, que era de cargo comissionado e nós demitimos imediatamente. Convidamos o juiz Jamilson Haddad Campos para organizar um ciclo de palestras dentro da Assembleia Legislativa, onde será obrigatório a participação de servidores", afirmou Botelho, em conversa com a imprensa.
Botelho destacou que a prática delituosa não afeta somente a mulher, mas sim todo o eixo famíliar, onde os filhos certamente crescerão em um ambiente desestabilizado e com grandes chances de reproduzirem os atos da figura paterna.
"Vamos começar a trabalhar no preventivo, para as pessoas entenderem que o crime contra a mulher é um crime que gera problemas sem proporções. A mulher vai ser a vítima violentada, mas tem o filho que sofre, tem a pessoa que vai ser presa, que vai deixar de ser o provedor, então, as pessoas tem que entender que geram consequências para todos", concluiu.
Dois casos
Somente na última semana, dois servidores da Casa estiveram envolvidos em casos relacionados a agressão de mulheres. Na semana passada, o procurador Benedito César Corrêa Carvalho, 53 anos, foi detido por agredir e manter uma garota de programa em cárcere privado, na Capital. Contra ele foi aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) no Legislativo, podendo resultar na exoneração do cargo.
No segundo caso, o ex-deputado estadual José Joaquim de Souza Filho, conhecido como Baiano Filho (União Brasil), que ocupava o cargo de assessor parlamentar da Presidência-Mesa Diretora foi exonerado na manhã de segunda-feira (28), pelo flagrante ato de violência doméstica contra a sua esposa, cometido na madrugada do último domingo (27), em Confresa.
