11/11/2023 às 19h00min - Atualizada em 12/11/2023 às 00h01min

"Berço das onças" volta a queimar e situação está crítica, afirma biólogo

ReproduçãoO biólogo Gustavo Figueiroa, diretor do projeto SOS Pantanal, publicou um vídeo nas redes sociais em que explica o avanço do incêndio no Pantanal e pede uma resposta rápida das autoridades. Segundo Gustavo, a região conhecida como "berço das onças" voltou a queimar e a situação ficou crítica muito rápido. O fogo começou em outubro e foi controlado, no entanto, retornou com...

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O biólogo Gustavo Figueiroa, diretor do projeto SOS Pantanal, publicou um vídeo nas redes sociais em que explica o avanço do incêndio no Pantanal e pede uma resposta rápida das autoridades. Segundo Gustavo, a região conhecida como "berço das onças" voltou a queimar e a situação ficou crítica muito rápido. O fogo começou em outubro e foi controlado, no entanto, retornou com grande intensidade desde a última segunda-feira (6). O incêndio segue avançando.
"Infelizmente o fogo continua preocupando o Pantanal e ele voltou com força no paraíso das onças. A chuva que trouxe alívio para algumas regiões do bioma, principalmente o Parque Estadual Encontro das Águas, não foi suficiente para manter o local úmido e seguro contra novos focos. No momento, duas grandes linhas de fogo seguem na região e uma delas está bem próxima da região que é o coração da densidade de onças pintadas, o Corixo Negro, onde tem uma concentração ainda maior de onças", fala o biólogo.

Segundo o especialista, que vem acompanhando de perto o incêndio, além do Parque Estadual, que já teve cerca de 23% da sua área consumida pelo fogo, o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, próximo do Parque Estadual, também está em chamas e já teve 19% da sua área consumida.
"É urgente que o Governo de Mato Grosso haja com rapidez e envie equipes e equipamentos adequados para essas linhas de fogo para evitar que mais desse berço das onças e das propriedades rurais do entorno sejam consumidas pelas chamas. No Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, equipes do ICMBio e do Ibama já estão mobilizadas, mas ainda não foi suficiente para conter as chamas de vez", enfatiza.
Ainda conforme o biólogo, não é só no Pantanal Norte que existem focos ativos. Existem outros diversos espalhados pelo Pantanal Sul, como ele mostra através de um mapa da Nasa.
No acumulado do ano, já foram mais de 560 mil hectares consumidos pela chama do Pantanal, equivalente a quase quatro cidades de São Paulo. 
"Já passou da hora de o Pantanal de Mato Grosso ter um plano de prevenção de incêndios. A gente não pode ver essa cena se repetindo ano após ano", conclui.
Linha de combate

Secom

Governo de MT, Ministério do Meio Ambiente, ICMBio e Ibama farão operação integrada para mitigar os efeitos dos incêndios no Pantanal

Neste sábado (11) o governador de Mato Grosso em exercício, Otaviano Pivetta, se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para tratar do alinhamento das ações de combate ao incêndio no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, na região de Poconé (105 km de Cuiabá).
A reunião ocorreu de forma híbrida, online e presencial, na Sala de Situação Central, do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), após a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) solicitar, via ofício, na quinta-feira (9), reforço nas ações de combate ao incêndio no parque federal.
Pivetta destacou que o Corpo de Bombeiros do Estado tem atuado, desde o mês de outubro, para mitigar os incêndios na região, tanto no parque federal quanto no Parque Estadual Encontro das Águas, e afirmou que Mato Grosso segue à disposição para agir de forma integrada com o Governo Federal.
Durante a reunião, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, apresentou um panorama das ações no Pantanal e pediu que o Governo Federal reforce a operação com mais equipes e aeronaves, e que preste apoio logístico para as ações na região.
“Estamos com cerca de 60 militares espalhados na região, mas temos a preocupação com a logística para manter esses e os novos brigadistas que serão enviados para o local. Precisamos do apoio do Governo Federal, via Exército, para montar um grande acampamento. É um ponto importante para que possamos ter mais segurança para os nossos combatentes e mais eficiência nas nossas ações”, afirmou.
De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, será criada uma operação conjunta para o combate aos incêndios na região.
“Definimos que vamos atuar conjuntamente em todos os focos que estão no Pantanal, para que possamos utilizar todos os esforços possíveis e necessários para diminuir o dano que isso possa causar ao nosso principal bioma”, afirmou.
O Governo Federal se comprometeu a enviar mais 43 brigadistas e duas aeronaves para auxiliar na operação. A solicitação de apoio logístico do Exército também será discutida com o ministro Alexandre Padilha, de Relações Institucionais.
Um planejamento para ações integradas deverá ser apresentado ao Ministério do Meio Ambiente até a próxima terça-feira (14). A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, vai coordenar as discussões. PANTANAL "Berço das onças" volta a queimar e situação está crítica, afirma biólogo "Berço das onças" volta a queimar e situação está crítica, afirma biólogo Governo diz que vai reforçar combate e alinha chega de brigadistas federais na próxima semana

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