12/05/2024 às 22h34min - Atualizada em 13/05/2024 às 00h01min
Brasil é campeão do Ibero-americano de Atletismo com 44 medalhas de ouro
O Brasil foi o campeão geral do Campeonato Ibero-americano de Atletismo de 2024, que aconteceu nesse final de semana em Cuiabá. Ao todo, foram 17 medalhas de ouro, 12 de prata e 15 de bronze. Entre elas, os atletas mato-grossenses Lissandra Campos, Wendell Jeronimo e Almir Junior foram laureados com as medalhas de prata, bronze e ouro, respectivamente. Com cerca de 526 atletas, a primeira edição da competição no Centro-Oeste foi...
O Brasil foi o campeão geral do Campeonato Ibero-americano de Atletismo de 2024, que aconteceu nesse final de semana em Cuiabá. Ao todo, foram 17 medalhas de ouro, 12 de prata e 15 de bronze. Entre elas, os atletas mato-grossenses Lissandra Campos, Wendell Jeronimo e Almir Junior foram laureados com as medalhas de prata, bronze e ouro, respectivamente. Com cerca de 526 atletas, a primeira edição da competição no Centro-Oeste foi histórica pela adesão das delegações - cerca de 23 nações tiveram atletas inscritos. O time Brasil foi o grande destaque do Ibero-americano. Durante os três dias de competição, atletas de todo o país competiram sob o sol cuiabano para tentar chegar mais perto da vaga olímpica. No caso do time Brasil, os pontos adquiridos nas competições são somados no ranking mundial e, dessa forma, há a classificação para Paris. Infelizmente, não houve marca de índice nos dias de competição na Capital, mas muitos atletas puderam reafirmar a diferença que o esporte faz em suas vidas.
Wagner Carmo/CBAt
“O esporte é um propulsor de crianças para a formação de excelentes cidadãos. Ele ainda não tem a visibilidade, a importância que deveria ter. O esporte muda estatísticas, salva vidas, disciplina e eu falo do que aconteceu comigo. Eu sou negra, vim de uma família pobre, de uma comunidade carente e o esporte mudou toda a minha vida. Se eu fosse viver segundo a expectativa de vida das pessoas que tinham no lugar que eu nasci, eu poderia estar usando drogas hoje”, afirmou a campeã do Salto Triplo Gabriele dos Santos. Entre os resultados mais marcantes, fica a conquista da medalha de ouro nos 5000m e a prara nos 3000m com obstáculos de Altobeli da Silva. Olímpico, o atleta ficou em 10º lugar na prova nos jogos de Tóquio 2020 e, ainda, chegou em Cuiabá após se recuperar de uma lesão. Para o velocista, o Ibero-americano foi a oportunidade de colocar um dos pés no avião rumo à Paris. “Esse campeonato é um divisor de águas para os jogos olímpicos de Paris, pela soma de pontos e classificação que isso pode me dar. Isso mostra que eu estou na briga para participar da minha terceira olímpiada e que eu fiz uma boa atuação diante de uma competição que eu não tive nem 12 horas de descanso. Estar aqui e ainda representar muito bem o nosso manto não é para qualquer um. Não é fácil fazer o que eu fiz aqui”, comentou Altobeli.
Douglas Santos/Rdnews
Importância para Mato Grosso O Campeonato Ibero-americano é um torneio que dá mais pontos para o ranking mundial. Pelo fato de estar dentro da janela de classificação para as Olímpiadas, a importância do evento pesou para sua realização e sua adesão pelos atletas. Segundo o secretário adjunto de esportes David Moura, a possibilidade de trazer eventos esportivos dessa magnitude é um reflexo de que o esporte acompanha o crescimento de Mato Grosso. “A sensação é de vitória, porque foi uma construção. Começou com o Brasileiro Sub-23, ano passado trouxemos o Troféu Brasil e o feedback sempre foi muito positivo com a qualidade da pista, sobre o clima, que é favorável para os atletas. Tudo isso incentiva os atletas para estarem no campeonato. Hoje, fazer parte do momento que o Estado vive e o esporte fazer parte disso é motivo de muito orgulho”, afirmou Moura. A boa notícia é que, no final das contas, os cuiabanos puderam se familiarizar com algumas personalidades do Atletismo que representarão o Brasil nas próximas Olimpíadas. Os jogos começam em agosto e, dos presentes no Ibero-americano, e nove atletas que passaram por Cuiabá continuam as preparações para Paris. Um deles é o campeão dos 100m e do revezamento 4x100m, Felipe Bardi, conseguiu a vaga em setembro do ano passado e teve o Ibero-americano como parte de sua caminhada. “O Ibero-americano me fortaleceu ainda mais para os jogos olímpicos. É sempre bom competir com essa roupa do Brasil, que eu acho muito bonita. Então, é sempre bom estar em campeonatos importantes e eu tinha um desafio nesta competição. Eu precisava sentir de novo a energia do público. Agora, eu estou zero e quero treinar ainda mais”, conta Bardi. Mato Grosso, devido a alta estrutura do Centro Olímpico de Treinamento da Univerisade Federal de Mato Grosso (COT-UFMT), deve entrar na rota de grandes eventos do atletismo. Com o aumento de projetos sociais envolvendo a modalidade, os quatro mato-grossenses no Ibero-americano podem ser só o começo. "Essas pessoas que estiveram na arquibancada, que são os nossos atletas assistindo, isso é uma forma deles virem a possibilidade de vir a ser campeões e serem essas grandes pessoas, que são essas referências. Quatro mato-grossenses num num campeonato ibero-americano, nunca existiu, e não foi por ser em Cuiabá não. Eles estavam com o direito, com conquistas, eles vieram por índice. Então eles estão aqui, representam bem o nosso nosso estado sendo parte da da seleção brasileira", finalizou o presidente da Federação de Atletismo de Mato Grosso (FAMT), Tomires Campos Lopes. Confira, abaixo, o quadro de medalhas do Ibero-americano.
Reprodução EM CUIABÁ Brasil é campeão do Ibero-americano de Atletismo com 44 medalhas de ouro Brasil é campeão do Ibero-americano de Atletismo com 44 medalhas de ouro Com cerca de 526 atletas, a primeira edição da competição no Centro-Oeste foi histórica pela adesão das delegações