Na volta do feriado de Carnaval, o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (22) com leve alta de 0,01%, aos 2.797 pontos. No mês, o indicador acumula queda de 0,82%.
O FII Santander Renda (SARE11) liderou a lista das maiores altas do dia, subindo 3,8%. Na outra ponta, ficou o fundo de cemitério Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11), com forte queda de quase 10%. Confira os demais destaques do dia.
Leia também:
Maiores altas desta quarta-feira (22):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
SARE11 | Santander Renda | Híbrido | 3,89 |
BLMR11 | Bluemacaw Renda+ FOF | FoF | 1,61 |
BPFF11 | Brasil Plural Absoluto | Títulos e Val. Mob. | 1,61 |
VRTA11 | Fator Veritá | Títulos e Val. Mob. | 1,53 |
JSRE11 | JS Real Estate | Híbrido | 1,42 |
Maiores baixas desta quarta-feira (22):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Cemitérios | -9,48 |
HGRE11 | CSHG Real Estate | Lajes Corporativas | -2,28 |
XPSF11 | XP Selection | FoF | -2,08 |
[ativo=HOFC11] | Hedge Office Income | Lajes Corporativas | -1,87 |
VIUR11 | Vinci Imóveis Urbanos | Renda Urbana | -1,63 |
Fonte: B3
Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta quarta-feira (22):
Ticker | Rendimento | Retorno mensal |
GCRI11 | R$ 1,10 | 1,22% |
MGCR11 | R$ 0,86 | 1,09% |
NAVT11 | R$ 0,85 | 1,20% |
GCFF11 | R$ 0,70 | 1,01% |
MORE11 | R$ 0,66 | 1,07% |
AURB11 | R$ 0,55 | – |
APTO11 | R$ 0,10 | 1,14% |
Fonte: StatusInvest
Quarto maior fundo imobiliário do mercado em patrimônio líquido – quase R$ 4 bilhões –, o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) comunicou ao mercado que não recebeu da Marisa (AMAR3) o valor do aluguel de janeiro devido pela varejista.
É o segundo FII que reporta problemas com a locação de imóveis para a empresa nos últimos dias. Na última quinta-feira (16), o Brasil Varejo (BVAR11) já havia sinalizado a inadimplência da companhia.
No caso do KNRI11, a Marisa ocupa o condomínio logístico CD Itaqua, localizado em Itaquaquecetuba, no interior de São Paulo. O imóvel conta com uma área bruta locável (ABL) de 30 mil metros quadrados e responde por 4% da receita do fundo.
“Informamos que a receita de referido contrato representa o equivalente a 4% da receita total da carteira de imóveis do fundo”, confirma comunicado ao mercado do Kinea Renda Imobiliária. “[Estamos] acompanhando de perto os desdobramentos envolvendo a empresa, visando defender os interesses da carteira”, sinaliza o texto.
Desde 2017, a Marisa passa por um processo de reestruturação e, durante o período, a empresa viu o número de funcionários diminuir, ao mesmo tempo em que fez aumentos de capital milionários. Na última semana, o conselho de administração da companhia realizou ampla reformulação de seu quadro executivo.
Beneficiado com a expansão do e-commerce durante a pandemia da Covid-19, o segmento logístico conquistou o mercado e até hoje se mantém como um dos preferidos entre os principais setores de fundos imobiliários.
Em relatório do Itaú BBA, Larissa Nappo e Marcelo Potenza, analistas da instituição financeira, reforçam a aposta no setor.
“O setor que foi o ‘queridinho’ durante a pandemia continua mostrando os melhores indicadores e a maior resiliência dentre os segmentos de fundos de ‘tijolo’”, confirma o documento, que se refere aos FIIs que investem diretamente em imóveis.
Diante do cenário, Larissa e Potenza recomendam a compra de seis fundos de logística. A lista inclui carteiras com dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de até 10,7% em 12 meses, como é o caso do HSI Logística (HSLG11).
A relação também cita o Bresco Logístico (BRCO11), que é negociado atualmente por 77% do valor patrimonial – o que representaria um desconto de 23% –, se considerado o P/VP (preço sobre valor patrimonial). Confira a lista completa.
A Americanas (AMER3), uma das gigantes do comércio eletrônico, já vinha devolvendo espaços de armazenagem antes do pedido de recuperação judicial em janeiro. E essa prática continuou no início deste ano. A empresa fechou um centro de distribuição em Fortaleza (CE). Agora, a operação no Ceará terá como base o centro de distribuição em Recife (PE).
O enxugamento e a devolução de áreas de armazenagem preocupa as empresas gestoras de condomínios de galpões logísticos, especialmente os localizados em regiões nas quais a taxa de desocupação já é alta ou onde a varejista tem grande participação na ocupação dos armazéns. Nestes casos, a devolução dos espaços pode ter impacto nos aluguéis.
Levantamento nacional feito pela SDS Properties, imobiliária especializada em galpões em condomínios logísticos, mostra que em 2022 a companhia chegou a ocupar 830 mil metros quadrados (m²) em condomínios. Desse total, a empresa devolveu quase 20%. Foram desocupados 159 mil m2 distribuídos entre Betim (MG), Resende (RJ), Cajamar (SP) e Ribeirão Preto (SP).
Neste ano, serão devolvidos mais 69 mil m² em condomínios logísticos localizados na Grande Curitiba (PR), Grande Porto Alegre (RS) e Hortolândia (SP).
“As devoluções podem afetar pontualmente preços em mercados onde a vacância é elevada”, afirma Simone Santos, CEO da imobiliária e responsável pelo levantamento. Das devoluções feitas até o momento, ela aponta esse risco para Porto Alegre (RS), onde a taxa de vacância chega a quase 17%. A localidade tem uma taxa bem acima da média nacional, que é de 10,4%, diz a especialista.
Já em outras regiões, como Grande Curitiba (PR), São Paulo e Grande Belo Horizonte (MG), o impacto das devoluções deve ser menor, pois são áreas muito demandadas, diz.
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