14/05/2023 às 18h54min - Atualizada em 15/05/2023 às 00h02min
Novas ETAs vão emancipar regiões que sofrem com falta de água em VG, diz DAE
DAE-VGDuas novas Estações de Tratamento de Água (ETA), na Barra do Pari e outra na Rodovia dos Imigrantes, devem emancipar regiões de Várzea Grande que hoje sofrem com a constante falta de água. Essa é a expectativa compartilhada pelo presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE), Carlos Alberto Simões de Arruda.Segundo ele, com as duas estações em funcionamento, moradores que...
Duas novas Estações de Tratamento de Água (ETA), na Barra do Pari e outra na Rodovia dos Imigrantes, devem emancipar regiões de Várzea Grande que hoje sofrem com a constante falta de água. Essa é a expectativa compartilhada pelo presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE), Carlos Alberto Simões de Arruda.
Segundo ele, com as duas estações em funcionamento, moradores que atualmente dependem de poços artesianos devem, finalmente, começar a receber água do sistema de abastecimento do município. Além disso, cinco novas obras estão previstas para regularizar o problema de saneamento básico em Várzea Grande, que hoje está entre as 10 piores cidades do Brasil no ranking de saneamento.
“O sistema hoje de Várzea Grande é composto por três estações: ETA Ulisses de Pompeu, ETA Júlio Campos e ETA Cristo Rei. Temos uma pequena ETA na Barra do Pari que abastece o Parque das Águas e o Condomínio Florais da Mata. A região do Mapim até a Mário Andreazza está toda sendo abastecida por essa estação. Ela vai ser substituída por uma ETA grande, de 240 litros por segundo, na qual o Governo Estadual aportou R$ 26 milhões e o Município entrou com R$ 9 milhões. Com isso, vamos ter toda essa região, assim como a do Cristo Rei, emancipadas”, afirmou.
A ETA Barra do Pari fica na Estrada da Passagem da Conceição, no bairro Chapéu do Sol. A estação, segundo o DAE, terá capacidade de captar, tratar e distribuir 250 litros por segundo ou 21,6 milhões de litros por dia. A previsão de entrega dessa ETA inicialmente era para este mês de maio, quando Várzea Grande completa 156 anos, o que daria independência hídrica para a região Norte do município, cuja população passa dos 50 mil habitantes.
No entanto, segundo o gestor, alguns entraves administrativos atrasaram o processo de licitação e da execução da obra, que atualmente está em etapa final. Agora, a obra aguarda a construção de duas adutoras. A ordem de serviço deve ser dada neste mês. “A ETA precisa de adutora para poder distribuir água e o prazo é de 60 dias para fazer essas adutoras. Queremos virar o ano com as duas novas estações funcionando”, explicou.
Adeus, poços artesianos Outra obra que vai impactar em vários bairros é a ETA na Rodovia dos Imigrantes, que está em desenvolvimento no bairro 7 de Maio e poderá atender entre 50 mil e 70 mil pessoas que hoje são atendidas por poços artesianos. A obra deve impactar diretamente a região dos bairros 15 de maio, Milton Figueiredo, 7 de dezembro, Praia Grande e Novo Mato Grosso. Toda essa área será abastecida pela nova estação, que terá capacidade para tratar 125 litros por segundo, ou 10,8 milhões de litros/dia.
A rede também está sendo ampliada na região do Jardim dos Estados até o Trevo do Lagarto, onde moradores dependem dos poços artesianos. Segundo Carlos, em breve a região terá a rede de abastecimento. Além da expansão da rede, mudanças devem ser feitas na rede atual, que é muito antiga. “Por exemplo: temos aproximadamente 5 km de rede de cimento amianto, um material antigo que não existe mais e que precisa ser trocado. Isso precisa ser feito, mas precisamos ter dinheiro e, em um segundo passo, é o que vamos correr atrás”, disse.
Tratamento de esgoto Carlos Arruda afirmou que o planejamento estratégico do DAE também prevê a construção de cinco novas subestações de tratamento de esgoto para atender as 11 sub-bacias de Várzea Grande. O objetivo é resolver outro problema crônico: Várzea Grande está entre as 10 piores cidades brasileiras no quesito saneamento básico, segundo a edição de 2023 do Ranking do Saneamento, elaborado pelo Instituto Trata Brasil e GO Associados. De acordo com o relatório, o município figura as piores colocações há 10 anos e é a única da região Centro-Oeste com índices tão negativos.
“ Hoje temos 17 pequenas ETEs e mais 11 sistemas de fossa e filtro. Com a ETE Santa Maria, provavelmente vamos eliminar as 11 fossas e sete das pequenas ETEs. Vai ser um ganho muito grande para o meio ambiente”
Conforme o levantamento, apenas 48% dos várzea-grandenses são contemplados tratamento de esgoto em Várzea Grande, sendo que recebem o serviço de atendimento total somente 29% da população.
“Se nós tivéssemos tido a oportunidade de aplicar o recurso do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] não estaríamos nessa situação nem na água, nem no esgoto. Mas infelizmente isso não ocorreu”, disse Carlos Arruda.
Segundo o gestor, a meta atual do Município é corrigir essa situação. “Será feito um coletor-tronco na beira do Córrego Traíra, que vai coletar o esgoto das sub-bacias 2 e 5. Essa Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) será a Santa Maria, que vai atender 60% da população várzea-grandense. Ela está em curso, com a topografia feita, faltando dois reatores", afirmou.
"O prefeito quer entregar neste ano pelo menos o sistema preliminar. Hoje temos 17 pequenas ETEs e mais 11 sistemas de fossa e filtro. Com a ETE Santa Maria, provavelmente vamos eliminar as 11 fossas e sete das pequenas ETEs. Vai ser um ganho muito grande para o meio ambiente”, completou.